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Mariana Mortágua acusa Chega de perseguição por ser mulher de esquerda e homossexual

A deputada e candidata à liderança do Bloco de Esquerda explicou os processos de que tem sido alvo, considerando que as ações judiciais têm "um intuito muito claro, que é o desgaste público e político".

Mariana Mortágua
SIC Noticias

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Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda (BE), disse esta segunda-feira que os processos judiciais de que é alvo, em particular pelo Chega, "vão continuar a subir de tom e a subir de nível, por ser uma mulher lésbica" e "filha de um resistente antifascista".

No espaço de opinião “Linhas Vermelhas”, na SIC Notícias, a bloquista referiu que foi alvo de três processos judiciais, um pelo CEO da Global Media, Marco Galinha, e duas outras ações por um membro destacado do Chega”.

“No último ano foram movidas três ações judiciais contra mim. Uma por Marco Galinha e duas outras ações por um membro destacado do Chega que aliás, como curiosidade, convoca Marco Galinha como testemunha de acusação nestes processos. Ambos processos foram arquivados, sendo o último na sexta-feira", referiu Mortágua.

Para a deputada, estes processos têm o intuito de a desgastar publicamente e politicamente, “tendo em conta que no decorrer destes processos, a comunicação social vai dando nota que acontecem, mesmo que o seu desfecho seja o arquivamento”, explicou.

"Eu sei que este tipo de pressão e perseguição política vai continuar e vai até subir de tom e de nível seja por ser mulher, por ser de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista, seja porque aparentemente tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder”, revelou Mariana Mortágua.

Entretanto, o líder do Chega, André Ventura, reagiu no Twitter e garante que não quer saber qual a orientação sexual de Mariana Mortágua, mas sim se acumula salários de forma ilícita enquanto deputada.

“Não quero saber se és lésbica ou trans, ou outra coisa qualquer, mas se recebes dinheiro público indevido ou acumulas salários de forma ilícita enquanto deputada, isso já me preocupa!”, escreveu Ventura no Twitter.

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