O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses convocou uma paralisação que contou com uma adesão de cerca de 80% nas consultas hospitalares. Foram quatro horas de greve, durante a manhã desta sexta-feira, em três hospitais de Lisboa: São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz.
Durante este período, os serviços do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, como consultas e tratamentos, ficaram comprometidos pelo ato dos enfermeiros, que protestaram contra a degradação das condições de trabalho.
Isabel Barbosa, a representar o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, frisou que “a carência tem vindo a aumentar” e que “os enfermeiros estão exaustos” das “horas extraordinárias”.
“Chegamos mesmo a ter neste, último mês, serviços com 60 turnos para preencher num único serviço. Os enfermeiros estão exaustos, pois têm feito milhares de horas extraordinárias, que muitas vezes não são pagas”, afirmou.
Face a uma situação que “está a extremar”, os profissionais exigem a contratação dos enfermeiros em situação precária e o pagamento das horas e feriados em divida, bem como o fim das alterações unilaterais de horários.
Isabel Barbosa deixa claro que esta “é uma reivindicação feita ao centro hospitalar, mas também ao Governo”.
Desde o descongelamento das carreiras em 2018, a atribuição dos pontos para progressão é outro tema que continua sem solução por parte do governo
Greve geral convocada para 12 de maio
Todas as reivindicações vão levar a uma greve nacional, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros, no próximo dia 12 maio, o Dia Internacional do Enfermeiro.