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Corte permanente das pensões: uma polémica que se "arrasta" desde 2015

A polémica sobre a sustentabilidade da Segurança Social vem desde 2015 e apanha por igual o PSD e António Costa, que pelo caminho fez dezenas de discursos contra um corte de 600 milhões nas pensões.

SIC Notícias

O debate começou antes da campanha eleitoral para as legislativas que conduziram o atual primeiro-ministro ao poder. António Costa era contra um corte de 600 milhões no sistema de pensões, mas em setembro do ano passado anunciou que não iria aplicar a fórmula de atualização das pensões para evitar um impacto de dois mil milhões.

Em setembro do ano passado, António Costa anunciou que todos os pensionistas iriam receber um adiantamento de meia pensão em outubro, mas esse valor desaparecia da fórmula-cálculo para o futuro.

“Um aumento do valor histórico das pensões”

A justificação tinha o problema de desdizer uma garantia dada dois meses antes sobre os aumentos das pensões em 2023.

Na época, o primeiro-ministro disse que este ano haveria "um aumento do valor histórico das pensões".

Costa explicaria depois que todos os pensionistas iriam receber o mesmo, em 2023. A poupança viria depois e de vulto. Na época, o primeiro-ministro até explicou a forma para contornar a fórmula.

Ao mudar a lei, Costa prometia cortar mais de dois mil milhões de euros, que fica sem efeito com a marcha-atrás agora anunciada.

Polémica vem desde 2015

A polémica sobre a sustentabilidade da Segurança Social vem desde 2015 e apanha por igual o PSD e António Costa, que pelo caminho fez dezenas de discursos contra um corte de 600 milhões nas pensões que Passos Coelho prometeu a Bruxelas, antes das legislativas que o afastaram do Governo.

O primeiro-ministro deixou sempre tudo em aberto e não foi preciso esperar pelo fim do ano para deixar cair o corte para o futuro, que toda a oposição criticou sempre sem apelo.

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