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Assédio sexual: Bruno Sena Martins nega "categoricamente" as "insinuações grosseiras"

Bruno Sena Martins será um dos identificados por três investigadoras num artigo que denuncia casos de assédio sexual e conduta imprópria no meio académico. O professor garante à SIC Notícias que vai procurar justiça nas instâncias competentes.

Assédio sexual - Imagem ilustrativa
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SIC Notícias

Bruno Sena Martins, um dos académicos visados por relatos de alegado assédio sexual e moral, garante que as acusações são falsas. Em resposta à SIC, o professor refuta "categoricamente" qualquer tipo de retaliação a estudantes por motivos pessoas.

O professor considera que as três ex-investigadoras do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra fazem são "insinuações grosseiras" que ferem a sua dignidade e reputação profissional. Sena Martins diz ainda que vai procurar justiça nas instâncias competentes.

Bruno Sena Martins será um dos identificados no artigo publicado por três investigadoras, onde são denunciados casos de assédio sexual e conduta imprópria no meio académico.

As denúncias de três investigadoras sobre o “Professor Estrela”

Um artigo está a abalar o meio académico: três investigadoras - uma belga, uma portuguesa e uma norte-americana - são autoras de um artigo intitulado “The walls spoke when no one else would” ("As paredes falavam quando ninguém o fazia", em português) que figura no livro “Sexual Misconduct in Academia” ("Condutas sexuais impróprias na Academia". Neste artigo, identificam o “Professor Estrela”, o “Aprendiz” e uma “Vigilante” como as três figuras centrais.

As três investigadoras têm, no currículo, um lugar em comum: ambas passaram pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. Percebe-se que o “Professor Estrela” será o reputado sociólogo Boaventura Sousa Santos e que o “Aprendiz" será Bruno Sena Martins. Contactado pelo Diário de Notícias, Boaventura Sousa Santos reconheceu-se na descrição das antigas alunas, mas negou todas as acusações.

Também o CES emitiu, esta terça-feira, um comunicado onde afirma estar “comprometido com o tratamento diligente deste tipo de ocorrências” e que “decidiu averiguar a fundamentação das alegações produzidas".

“Nesta medida, o CES irá constituir num curto prazo uma comissão independente à qual caberá a identificação de eventuais falhas institucionais e a averiguação da ocorrência das eventuais condutas anti-éticas referidas naquele capítulo. A comissão será composta por dois elementos externos, um dos quais lhe presidirá, e pela Provedora do CES. Os membros externos a convidar terão competências reconhecidas no tratamento de processo análogos.”, lê-se na nota publicada no site da instituição.

Segundo avança a Sábado, citando o atual diretor do CES, António Sousa Ribeiro, até ao momento, não foi apresentada qualquer queixa.

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