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Greves na CP: 114 comboios suprimidos até às 19:00

De acordo com a CP, entre a meia noite e as 19:00 circularam 598 comboios, o que se traduziu numa supressão de 16% em relação aos que estavam programados.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Lusa

As greves que afetam o serviço da CP - Comboios de Portugal levaram à supressão de 114 dos 712 comboios que estavam programados para o período das 00:00 às 19:00 de hoje, informou a transportadora.

De acordo com a CP, neste período circularam 598 comboios, o que se traduziu numa supressão de 16% em relação aos que estavam programados.

  • No serviço de longo curso, de 55 comboios previstos não se realizaram nove, enquanto no regional, de 219 programados foram suprimidos 56.
  • Nos urbanos de Lisboa não se realizaram 37 comboios em 273 estimados e no Porto de 142 programados não circularam oito.
  • Nos urbanos de Coimbra, de 23 comboios programados, foram suprimidos quatro.

Depois de vários dias, a greve na CP e na Infraestruturas de Portugal (IP) é agora a partir da oitava hora de serviço.

Além disso, até final do mês, "na CP, os trabalhadores cujo período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço" e, entre 10 e 30 de abril, na IP, "os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço".

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pelos vários sindicatos do setor ferroviário. Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à "atitude de desconsideração" de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão "aumentos salariais efetivos", a "valorização da carreira da tração" e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma "humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede", um "efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes" e o "reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo".

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