No dia em que a legislatura completa um ano, o pacote Mais Habitação foi aprovado e António Costa deu uma entrevista à SIC para fazer um balanço do primeiro ano de maioria absoluta. Os partidos já reagiram.
O PSD aponta que não há novidades, “porque neste Governo é tudo requentado. São requentadas as ideias, são requentadas as medidas, são requentados os PowerPoints, é requentada a propaganda”.
“O último ano foi mais um ano perdido. Esta entrevista não trouxe nenhuma esperança”, considera o partido social-democrata.
O PSD vai mais longe e considera mesmo que o “Governo mostra-se incapaz de acudir a quem mais precisa”.
A vice-presidente da comissão política nacional do PSD, Margarida Balseiro Lopes, disse que “as medidas apresentadas não passam de um conjunto de intenções que afasta investidores, que desconsidera os municípios e não vai responder ao problema da falta de casas que afeta milhares de pessoas”.
Na mesma linha, a Iniciativa Liberal também refere que “não há nenhuma novidade nesta entrevista”.
“Nas últimas semanas o primeiro-ministro passou horas na televisão em conferências e entrevistas e mesmo assim há três coisas que António Costa não consegue explicar”:
- A bondade do programa Mais Habitação em si - “não se consegue perceber o sentido da maioria das medidas apresentadas”, disse Rui Rocha
- Quantas habitações vão ficar disponíveis a mais para os portugueses
- “Não há uma ideia para o país”
“São horas de intenções que não serão aplicadas”, acusou a Iniciativa Liberal.
Quem também não se mostrou satisfeito com as declarações de António Costa foi o Bloco de Esquerda, que o acusou de ser “um primeiro-ministro muito forte na propaganda, mas com pouca vontade de governar”.
A esquerda salientou que o primeiro-ministro reconhece que há “um conjunto de problemas”, mas que não resolve “e entrega a outros”.
Já o PAN reitera que “uma vez mais", acaba "por ter uma mão cheia de intenções, porque não trouxe nada de inovador face às medidas que foram esta tarde anunciadas”. E que será preciso “medidas estruturais para o país”.
O Chega referiu também que “foi uma entrevista que não acrescentou grande coisa”, porque “não conseguiu explicar a razão de algumas das medidas mais polémicas”.
Para além disto, também apontou que “ficou claro aquilo que Marcelo Rebelo de Sousa tinha dito de uma maioria cansada e vê-se, de facto, que António Costa já não tem grande paixão nem luta para dar sobre aquilo que o próprio Conselho de Ministros aprova”.
Por fim, o PCP não se mostrou surpreendido e acusou o primeiro-ministro de passar “ao lado das respostas que são necessárias para resolver os problemas”.
“Os trabalhadores, o povo e o país não encontram resposta para os problemas”, referiu.
“É preciso recuperar o poder de compra, aumentar salários e pensões, controlar os preços, garantir a habitação, os serviços públicos e os direitos constitucionais”, apontou.