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Marinha admite que navio Mondego tem de "ser objeto de uma inspeção técnica"

O NPR Mondego teve de regressar ao porto do Caniçal na Madeira sem cumprir a missão agendada para as Ilhas Selvagens esta segunda-feira.

Navio NPR Mondego
Marinha.pt

SIC Notícias

O navio patrulha Mondego, em que 13 militares se recusaram a embarcar para acompanhar uma embarcação russa ao largo da Madeira por alegada falta de segurança, falhou uma nova missão esta segunda-feira nas Ilhas Selvagens.

Em comunicado enviado às redações, o comando da Zona Marítima da Madeira diz que o NPR Mondego saiu do porto do Funchal pelas 22h20 de segunda-feira “tendo, por motivos de ordem técnica, regressado ao inicio da manhã de hoje ao Porto do Caniçal, em segurança”.

“O navio será objeto ainda hoje de uma inspeção técnica por parte de peritos da Direção de Navios que se deslocarão à Ilha da Madeira para o efeito”.

No comunicado é ainda explicado que a missão que o NPR Mondego deveria cumprir - “a rendição dos agentes da Polícia Marítima e dos elementos do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza nas Ilhas Selvagens” - será assegurada hoje pelo NRP Setúbal.

Militares recusaram-se a participar em missão

Quando há cerca de duas semanas, os 13 militares recusaram uma missão e alegaram falta de condições, a Marinha afirmou que a embarcação estava apta para navegar.

Perante a recusa, o NRP Mondego não cumpriu na noite de 11 de março uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira.

Entre as limitações técnicas invocadas pelos militares para se recusarem estava o facto de um motor e um gerador de energia estarem operacionais.

Os militares estão agora a ser alvo de um processo disciplinar interno e de um inquérito judicial. No primeiro, arriscam uma prisão disciplinar de um a 30 dias. No segundo, a pena de prisão pode ir dos dois aos oito anos.

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