A frota da marinha portuguesa tem uma idade média 29,4 anos, segundo avança este domingo o Público.
Os dados consultados pelo jornal mostram que as corvetas são as embarcações mais antigas e os patrulhas oceânicos as mais recentes.
A frota é composta por 25 navios sendo que o mais antigo tem 54 anos.
Em entrevista ao Público, dois antigos líderes da Armada afirmaram que se trata de uma esquadra velha e mostraram-se preocupados com o desinvestimento na manutenção dos navios.
Desde 2010, o investimento na manutenção caiu de 100 milhões para 70 milhões de euros.
Militares recusaram-se a participar em missão
Os dados da frota da Marinha portuguesa surgem após a polémica de 13 militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego, alegando a falta de segurança da embarcação.
Perante a recusa, o NRP Mondego não cumpriu na noite de 11 de março uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, na Madeira.
Entre as limitações técnicas invocadas pelos militares para se recusarem estava o facto de um motor e um gerador de energia estarem operacionais.
Na altura, a Marinha confirmou que o navio estava com “uma avaria num dos motores”, mas referiu que os navios de guerra “podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança”, uma vez que têm “sistemas muito complexos e muito redundantes”.
Os militares estão agora a ser alvo de um processo disciplinar interno e de um inquérito judicial. No primeiro, arriscam uma prisão disciplinar de um a 30 dias. No segundo, a pena de prisão pode ir dos dois aos oito anos.