País

Professores acampam para exigir melhores condições

Os professores sentem-se "prejudicados" e "injustiçados", por isso garantem que se vão manter firmes na luta por melhores condições de trabalho.

Depois dos protestos no Parlamento, em Armação de Pêra, o S.TO.P. juntou-se aos professores e assistentes operacionais de A Ver-o-Mar, na Póvoa de Varzim, nos protestos por melhores condições.

A classe docente e não docente acamparam em frente à escola como símbolo da precariedade.

"O acampamento tem o simbolismo da tenda da precariedade, ou seja, chega a um ponto em que é insustentável, as pessoas aguentam um bocado, mas não se aguentam muito tempo, por isso é que está a haver muito alunos sem aulas. Não por causa das greves, mas sobretudo porque estas políticas educativas têm desvalorizado quem trabalha nas escolas", afirmou André Pestana, coordenador do S.TO.P.

Os professores sentem-se "prejudicados" e "injustiçados", por isso garantem que se vão manter firmes na luta por melhores condições de trabalho.

"Fui avaliado com excelente, mas que afinal o excelente não quer dizer rigorosamente coisa nenhuma, porque não havia quotas. Sinceramente não me apetece, não tenho gosto, não tenho motivação em trabalhar num sistema educativo que se dá ao luxo de desperdiçar a excelência de todos os professores", concluiu Jorge Curto professor na Póvoa de Varzim.

Em protesto há vários meses, os sindicatos afirmam que o Governo não está a ceder no essencial e o acordo permanece sem fim à vista.

André Pestana pede igualdade entre docentes do arquipélago e do continente e não esquece os profissionais não docentes que são "peça fundamental" no ensino.

"Igualdade entre docentes do continente e dos arquipélagos e aí entra a questão da contagem de tempo de serviço, o fim das quotas de acesso ao 5º e 7º escalões, mas também a questão dos não docentes que é fundamental. Os não docentes são uma peça fundamental para o normal funcionamento de uma escola, por isso nós exigimos mais profissionais não docentes nas escolas, eles estão exaustos, melhores salários e carreiras dignas para todos", são as exigências do sindicato.

Os protestos na educação duram desde dezembro, o S.TO.P tem pré-avisos de greve até ao fim do mês e vai reunir com as comissões sindicais no sábado para decidir as próximas formas de luta.

Também a plataforma que reúne 9 sindicatos de educação, incluindo a Fenprof, convocou uma greve às avaliações no final do ano letivo e às atividades extraordinárias a partir de 27 de março.

Últimas