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Mãe do suspeito alertou o filho e aconselhou Luana a ligar à família

Paula Pereira, a mãe de Luana, não conhecia o suspeito, mas a mãe do homem agora detido sabia que Luana estava a ser procurada e aconselhou-a a ligar à família, mas a jovem nunca quis fazê-lo. A SIC conversou, em exclusivo, com a mãe de Luana e a mãe do suspeito de 48 anos.

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SIC Notícias

O suspeito de 48 anos, ainda não foi ouvido, mas a SIC conversou com a mãe do agora detido. Recorde-se que na casa em Évora, onde Luana foi encontrada, vivia também a mãe do suspeito. Esta última terá chegado a discutir com o filho por não concordar com a relação que mantinha com a jovem. E aconselhou Luana a ligar aos pais.

Por várias vezes, alertou o filho para a situação em que estava envolvido mas ele dizia-lhe sempre que estavam apaixonados. Ao ver o programa Linha Aberta, a idosa, de 78 anos, avisou-o de que a família de Luana a procurava.

Também à jovem pediu, várias vezes, que informasse a família. Em declarações à SIC disse que também é mãe e, por isso, se estivesse no lugar de Paula Pereira (mãe de Luana) estaria muito preocupada. A Luana pediu para, pelo menos, ligar à mãe a dizer onde estava e que estava bem.

Luana ter-lhe-á dito que não queria por não ter uma boa relação com a família. Foi por isso que, disse a jovem, acabou por pedir ao homem de 48 anos para a ir buscar a Leiria.

Na casa em Évora, onde a SIC entrou esta tarde, Luana tinha o seu quarto, onde havia uma porta que dava acesso ao sótão. Era lá que Luana se escondia sempre que recebiam visitas, nomeadamente a da filha mais velha do suspeito. Mas Luana escondia-se por opção própria, assegurou à SIC a mãe do suspeito.

“Não o conheço”

A mãe de Luana garante que não conhece o suspeito. “Nunca o vi mais gordo ou mais magro" e se entre eles houve contacto antes do desaparecimento terá sido "através das redes sociais, neste caso da consola”.

Como conseguiu o suspeito levar a jovem de Leiria até Évora - cerca de 240 quilómetros de distância -, Paula Pereira também não sabe, mas admite que tenha sido de carro.

Daquela manhã, de 30 de maio, o que se recorda é que “a Luana passou no meu local de trabalho, foi lá buscar um pão, deu-me um beijinho e saiu em direção à escola”.

"Quando chego a casa é que reparo que o almoço estava no frigorifico. Aí ligo para a escola e informam-me que ela não deu entrada”, foi então que fez queixa às autoridades. Mas pela frente, ainda não sabia, teria longos meses de angústia.

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