Os professores cumprem esta terça-feira o segundo dia da greve por distritos. Depois de Lisboa na segunda-feira, agora é a vez de Aveiro ser palco da paralisação dos docentes.
Durante a manhã, haverá uma concentração dos professores do distrito na Praça Melo Freitas, assim como protestos em várias escolas.
Professores e alunos concentraram-se junto à Escola Secundária Dr. Mário Sacramento, em Aveiro, deu conta o repórter da SIC, Paulo Ravara.
Em declarações à SIC, António Morais, dirigente do Sindicato de Professores da Região Centro, explicou os motivos dos professores em protesto, afirmando ainda que as questões da revisão da mobilidade e do recrutamento serão decisivas na negociação com o Ministério da Educação.
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A greve de professores por distritos, convocada por uma plataforma de oito organizações sindicais, começou esta segunda-feira e prolonga-se por 18 dias.
Depois de Lisboa e Aveiro, a paralisação prossegue em Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, terminando no Porto no dia 8 de fevereiro.
Esta greve realiza-se ao mesmo tempo em que decorrem outras duas paralisações: uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que se iniciou em 9 de dezembro e vai manter-se, pelo menos, até ao final do mês, e uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educação (SIPE), que deverá prolongar-se até fevereiro.
Os professores contestam algumas das propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de mobilidade e recrutamento de pessoal docente, mas reivindicam também soluções para problemas mais antigos, relacionados com a carreira docente, condições de trabalho e salariais.