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Chega quer ouvir ministro da Educação no Parlamento

André Ventura afirma que João Costa tem fingido uma negociação com os professores e quer que vá ao Parlamento dar explicações.

SIC Notícias

O Chega quer ouvir o ministro da Educação no Parlamento, na próxima quinta-feira, para dar explicações sobre as negociações entre Governo e sindicatos dos professores. André Ventura diz que João Costa tem fingido uma negociação.

"O Chega decidiu chamar de urgência o ministro ao Parlamento e vai marcar para quinta-feira um debate de urgência no plenário da Assembleia da República sobre as greves na educação e sobre o caos que está instalado no ensino", adiantou o presidente do partido.

O pedido já foi submetido, disse André Ventura, que considera que o ministro da Educação tem de "dar explicações ao país todo e de forma clara sobre as exigências que estão a ser feitas" pelos professores.

"Sabemos que há rondas negociais dias 18 e 20, quarta e sexta, e o que queremos é que o ministro dê o esclarecimento ao país na quinta-feira sobre o que é que está em cima da mesa, como é que as negociações estão e o que está a ser feito para evitar que todos os distritos tenham situações de greve ao longo dos próximos dias", disse.

A Fenprof é um dos sindicatos a denunciar que as medidas apresentadas já estão em vigor. O secretário-geral do PCP defende que o Executivo só tem uma alternativa: "O Governo está obrigado a dar resposta aos problemas".

Já o presidente do PSD afirmou que a política de educação do Governo socialista liderado por António Costa "merece um chumbo", numa altura em que se vive "um período muito critico, quase caótico". Luís Montenegro considera que o ministro está a encarar os protestos dos últimos dias de forma arrogante.

Greve dos professores continua

Esta segunda-feira, arrancou mais um período de greve dos professores. Nas próximas semanas, estão previstas várias paralisações.

Milhares alunos estão sem aulas, na Grande Lisboa, devido à greve distrital de professores, que levou ao encerramento de mais de 150 escolas no distrito.

Os sindicatos que representam o setor vão reunir-se esta semana com o ministro da Educação para mais uma ronda de negociações. Depois de um mês de greves, um acampamento de professores à porta do Ministério e uma manifestação nacional com grande adesão, os professores entenderam que ainda não é tempo de parar.

Os professores contestam algumas das propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de mobilidade e recrutamento de pessoal docente, mas reivindicam também soluções para problemas mais antigos, relacionados com a carreira docente, condições de trabalho e salariais.

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