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"Um professor não pode trabalhar em Lisboa e no Algarve porque não ganha o suficiente para lá sobreviver"

Docentes fazem greve ao primeiro tempo de aulas, três vezes por semana, na Murtosa, em Aveiro.

Catarina Lúcia Carvalho

Eurico Bastos

SIC Notícias

Duas vezes por semana os professores da Murtosa, no distrito de Aveiro, fazem greve ao primeiro tempo de aulas. O protesto vai manter-se até que as reivindicações dos docentes sejam atendidas, sem grandes expectativas para a reunião já agendada entre sindicatos e Ministério.

As imagens do protesto dos professores da Murtosa são iguais às que têm vindo a público, por todo o país.
Os professores em greve defendem que imagens e palavras, ainda que repetidas tantas vezes nas últimas semanas, merecem mais tempo de antena, até que sejam realmente escutados.


“É inadmissível o que se passa a nível nacional, a questão da carreira, a questão do estatuto salarial. Está tudo errado. É boa altura do Sr. ministro tomar nota de tudo o que os professores dizem”, afirmou Manuel Arcêncio, diretor do Agrupamento.

Terças, quartas e quintas-feiras têm sido dias de greve ao primeiro tempo de aulas, no Agrupamento de Escolas da Murtosa, no distrito de Aveiro.
Os professores alinham-se na entrada, porque estão bem juntos naquilo que defendem. Estas manifestações vão continuar, mesmo com as promessas já deixadas pelo Ministério da Educação de que não avança a municipalização das colocações.
"Um professor não pode trabalhar em Lisboa e no Algarve porque não ganha o suficiente para lá sobreviver" , disse uma das docentes.
“Estamos fartos, estamos cansados”, revelam antes de garantirem que há um peso financeiro em cada dia de greve. Todavia, haverá uma falha mais grave no futuro da educação, se não a fizerem.
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