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Padre suspeito de abuso sexual geriu associação de acolhimento de famílias, jovens e crianças

D. Manuel Clemente não denunciou queixa contra um padre suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 11 anos. 

SIC Notícias

A Igreja Católica portuguesa continua sem explicar o caso que envolve o Cardeal Patriarca de Lisboa. D. Manuel Clemente não denunciou às autoridades a queixa recebida contra um padre suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 11 anos. Ao Ministério Público chegaram 17 denuncias contra membros da Igreja. 10 levaram à abertura de inquérito.

D. Manuel Clemente confirma ter tido conhecimento do caso duas décadas depois de as primeiras denuncias terem chegado às mãos de D. José Policarpo à data Patriarca de Lisboa.

Denunciavam alegados abusos sexuais por parte de um padre que dirigia duas paróquias da capital no final dos anos 90.

Num comunicado enviado à SIC esta quinta-feira. Dom Manuel Clemente, atual cardeal Patriarca de Lisboa, admite que chegou mesmo a encontrar-se com a vítima.

Na primeira pessoa, ouviu o relato dos abusos alegadamente cometidos contra, à data, uma criança de 11 anos e tal como D. José Policarpo, nunca até hoje comunicou o caso à polícia nem a qualquer outra autoridade, conforme determinam as normas internas da Igreja Católica.

D. Manuel Clemente recusou o pedido de entrevista da SIC. O Patriarcado justifica que a vítima não quis tornar público o caso.

O padre suspeito de abusos sexuais continuou no ativo com funções de capelania gerindo até uma associação privada que acolhe famílias, jovens e crianças, com o conhecimento de D. Manuel Clemente, conforme a notícia revelada pelo jornal Observador.

Os alegados crimes já estarão, entretanto, prescritos. Acabaram por ser denunciado à Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa.

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