Na primeira ronda de perguntas ao primeiro-ministro, no debate do Estado da Nação, Catarina Martins trouxe para o debate uma questão: os fundos atribuídos ao empresário Mário Ferreira, a quem se referiu como "o maior beneficiário dos apoios agora conhecidos do Banco de Fomento. Ele recebe mais do que todos os outros 42 milhões de euros de investimento público, e é tudo estranho nesta decisão".
"Prioridade a um setor da economia que diz o Governo vai bem, o turismo. Prioridade a um investimento em cruzeiros no Ártico, que é uma das regiões mais sensíveis às alterações climáticas. Prioridade a uma empresa cujo empresário Mário Ferreira está a ser investigado a nível nacional e europeu por branqueamento de capitais e por fuga ao Fisco. Prioridade a uma empresa que é administrada por um ex-assessor do senhor primeiro-ministro, Diogo Lacerda de Machado. Resultado há um financiamento que quadriplicou os limites de referência do próprio banco de Fomento", elencou a bloquista.
"A pergunta que tenho é que envolvimento é que o senhor primeiro-ministro teve nesta decisão", questionou Catarina Martins.
Na resposta à coordenadora do Bloco de Esquerda, o primeiro-ministro prometeu e foi mesmo “muito sintético”.
Quanto à “pergunta insultuosa que me dirigiu no início da sua intervenção, a minha intervenção é zero, foi zero como muito bem a senhora deputada sabe".