O Conselho Nacional do PSD, que se vai reunir no dia 19 de fevereiro em Barcelos (Braga), poderá já estabelecer um calendário para eleições diretas e Congresso, mas pode também remeter para outra reunião a aprovação desse processo.
De acordo com a convocatória da reunião, publicada no Povo Livre (o órgão oficial do PSD), o segundo ponto da ordem de trabalhos da reunião é o seguinte: “análise dos resultados das eleições legislativas e da situação política e decisão sobre processo eleitoral para os órgãos nacionais do partido”.
Na semana passada, no final da reunião da Comissão Política Nacional do PSD, Rui Rio confirmou que irá deixar a presidência do partido e remeteu para o Conselho Nacional a marcação a data das próximas diretas, manifestando vontade de sair, no máximo, até ao início de julho.
A convocatória divulgada esta quarta-feira permite dois cenários: ou os conselheiros consideram razoável este prazo avançado pelo presidente do partido e só numa nova reunião do Conselho Nacional votariam um calendário; ou é entendido que o processo de substituição de Rui Rio deve ser mais rápido e ficará já estabelecida em Barcelos a baliza temporal das diretas e do Congresso, cabendo depois à direção fazer um cronograma completo a partir da decisão.
Numa altura em que ainda não há qualquer candidato assumido à liderança do PSD, o calendário eleitoral não é unânime, com algumas figuras do partido a defenderem um processo mais longo, de reflexão – e até com um Congresso prévio às diretas -, e outras estruturas a preferirem um calendário mais rápido, que permitisse ao partido ter um novo líder em abril e Congresso em maio.
“Acho que o razoável é o partido resolver este assunto no primeiro semestre, até ao início de julho. Se quiserem antecipar ainda mais pode-se antecipar ainda mais”, afirmou Rui Rio, na passada quinta-feira.
Fonte da direção esclareceu nessa altura que a direção não iria levar qualquer proposta de calendário à reunião de Barcelos, mas outros conselheiros poderiam fazê-lo.
A ordem de trabalhos do Conselho Nacional de 19 de fevereiro, marcado para as 16:00, no Auditório São Bento Meni, em Barcelos, tem ainda um primeiro ponto, destinado a aprovar o orçamento do PSD para 2022 e a fazer a repartição das receitas pelas instâncias do partido.