O advogado do antigo diretor da Polícia Judiciária Militar Luís Vieira afirmou esta sexta-feira que vai interpor recurso do acórdão que condenou o seu cliente a quatro anos de prisão, suspensa na sua execução, reiterando a inocência do coronel.
Rui Baleizão, que assumiu a defesa de Luís Vieira com o advogado Manuel Ferrador, adiantou estarem “satisfeitos com esta decisão, embora não completamente satisfeitos e daí recorrer”.
O coronel Luís Vieira foi esta sexta-feira condenado pelo Tribunal Judicial de Santarém a quatro anos de prisão, com execução suspensa por igual período, no processo do furto e recuperação de armamento dos paióis de Tancos.
O militar foi ainda condenado à sanção acessória de proibição do exercício de funções por um período de três anos.
Luís Vieira vinha acusado pelo Ministério Público dos crimes associação criminosa, tráfico e mediação de armas, falsificação ou contrafação de documentos, denegação de justiça e prevaricação e favorecimento pessoal praticado por funcionário, tendo sido condenado apenas por este último crime.
Rui Baleizão salientou que o militar foi o único que ficou em prisão preventiva após primeiro interrogatório judicial, frisando que acreditou na inocência daquele.
“Ora, ele aparece aqui pronunciado por cinco crimes do qual apenas é condenado por um – favorecimento pessoal – e que está relacionado com o pseudo acordo [para a recuperação do armamento]”, declarou, considerando que “não há prova material que, efetivamente, tenha sido feito este acordo”.
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