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Covid-19: surto associado a discoteca de Coimbra provoca pelo menos 50 casos

A informação foi divulgada pela Administração Regional de Saúde do Centro.

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Lusa

SIC Notícias

A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) afirmou esta quinta-feira que foram já identificados 50 casos de covid-19 em jovens entre os 16 e os 18 anos, num surto associado a uma discoteca de Coimbra.

Os casos começaram a ser detetados na terça-feira pela Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Mondego, que identificou jovens infetados "que frequentaram o mesmo evento num espaço de diversão noturna do concelho de Coimbra", disse a ARSC, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.


"Dada a atividade em questão, de grande proximidade e em espaço fechado com intensa interação durante várias horas, os casos iniciais geraram casos secundários, alguns estendendo-se a outros concelhos do distrito de Coimbra", acrescentou.

Segundo a ARSC, até ao momento, já foram identificados 50 casos, todos com "sintomatologia ligeira, sem necessidade de internamento".


"Estão a ser tomadas todas as medidas de prevenção, nomeadamente a realização de testes para diagnóstico, isolamento dos casos e dos seus contactos de alto risco, com vista à interrupção das cadeias de transmissão", frisou.


De acordo com a entidade, face às características do surto, que terá "grande transmissibilidade", a investigação prossegue para "monitorização do evento".

No final da nota, a ARSC apela "ao cumprimento das regras e procedimentos para prevenção da infeção por SARS-Cov-2, nomeadamente o distanciamento, a higienização das mãos, o uso de máscara e a realização de testes antes da participação em eventos e encontros familiares".

Casos vão positivos vão além do concelho de Coimbra

O Delegado regional de Saúde do Centro, João Pedro Pimentel, explica que as autoridades estão a rastrear as cadeias de transmissão dos 50 casos positivos que foram identificados até ao momento, e afirma, em entrevista à SIC Notícias, que se trata de uma investigação “demorada pelas cadeias de transmissão secundária que os casos originários provocam”.

“Temos vindo a procurar, dentro deste curto espaço de tempo, interromper as cadeias de transmissão, sendo que estamos na presença de uma população jovem com intensa interação onde muitas vezes alguns dos hábitos e procedimentos salutogénicos não têm vindo a ser cumpridos”, esclarece João Pedro Pimentel.

Além disso, as autoridades têm conhecimento de que participaram na festa em questão centenas de pessoas, muitos deles oriundos de concelhos limítrofes ao de Coimbra.

Sobre a proximidade do surto com as celebrações de Natal, João Pedro Pimentel deixa ainda o apelo para que as pessoas realizem testes à covid-19 antes de participarem em eventos - mesmo que sejam festas familiares - e para que sigam as quatro medidas que têm vindo a ser aconselhadas pelas autoridades de saúde.

“Apelamos para que as pessoas façam os seus testes o mais breve possível, mas sempre o mais perto possível da realização de eventos. Porque apesar de poder haver o inconveniente de pensarmos que um teste negativo traduz uma segurança absoluta, não é o caso. Mas é um momento muito importante para a pessoa perceber se está positiva ou não, se pode ou não participar nesse evento.”

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