O Presidente da República defendeu, esta quinta-feira, que a resposta à pandemia em Portugal tem sido "a correta", e elogiou o processo da terceira dose de reforço, destacando que Portugal arrancou antes de outros países. Marcelo Rebelo de Sousa salientou ainda que apesar do aumento de casos, a situação atual é muito diferente da que se vivia há um ano.
"Estamos a testar como nunca, o que é bom, estamos a ter um número mais elevado de casos, ontem 8.937, com 909 internados e 155 em unidades de Cuidados Intensivos (UCI), e 11 mortos, há um ano o número de casos era 4.602, 2.853 internados, ou seja três vezes mais, 505 em UCI, três vezes e meio mais, e com 89 mortes, sete vezes mais", lembrou o chefe de Estado.
Apesar do cenário atual de agravamento da situação pandémica devido à "reprodução rápida, ao contágio rápido desta [nova] variante, ao que dizem", mas ainda assim "também mostra que do ponto de vista de letalidade em Portugal até agora e de pressão sobre as estruturas de saúde é diferente daquilo que se vivia há um ano".
No encerramento do 8.º Encontro Anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, que decorreu no Palácio da Cidadela, em Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa fez ainda um balanço sobre a situação mundial, destacando que na vacinação "Portugal percebeu, comparado com vários países europeus, que devia antecipar várias fases" e apontou como exemplo a terceira fase, atualmente em curso.
"O caso sintomático é esta toma de reforço, vemos governantes de países importantes, nossos aliados na Europa, a anunciar para janeiro o arranque do que já está em curso em Portugal, passando de grupos críticos para outros que o não, há semanas para não dizer quase dois meses", salientou.
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