Depois de conhecida a decisão do PSD, de avançar sozinho e não coligado com o CDS nas eleições legislativas, o líder centrista diz respeitar a "estratégia", mas lamenta que a escolha dos sociais-democratas tenha sido António Costa e não Sá Carneiro.
"O PSD decidiu estar mais próximo de António Costa do que de Sá Carneiro. Podendo escolher a Aliança Democrática, recusou-a. Respeito a estratégia e saúdo a clarificação", diz Francisco Rodrigues dos Santos.
O líder do CDS vai longe e diz, aliás, que esta pode ser "uma oportunidade" para o CDS se afirmar como "a única alternativa de direita responsável", e "aberta a todos os portugueses que querem derrotar o PS".
"Que fique claro: um voto no CDS não servirá para formar um Bloco Central, nem para viabilizar nenhum arranjinho com a esquerda", concluiu.
O PSD decidiu ontem, na reunião da comissão permanente em Évora, concorrer sozinho às eleições legislativas de 30 de janeiro, afastando uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP.
A SIC apurou que não houve um chumbo da proposta de coligação, mas sim uma decisão de o partido concorrer sozinho.
Ao contrário do que aconteceu nas últimas eleições autárquicas, o núcleo duro da direção de Rui Rio não quer que o PSD concorra coligado com o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.
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