O Governo decretou uma requisição civil aos inspetores do SEF que se preparam para fazer greve no próximo mês nos aeroportos. O sindicato diz que é ilegal e recorreu ao Supremo Tribunal Administrativo.
Diz o sindicato que está há quatro meses a tentar reunir com o Governo para perceber o que de facto vai acontecer com o Serviço de Estrangeiros em Fronteiras. Os inspetores dizem que souberam das possíveis mudanças através da comunicação social.
O Governo condena a greve do SEF que está marcada para o próximo mês e procedeu, por isso, à requisição civil dos trabalhadores do SEF que exercem funções nos aeroportos.
Os inspetores não se conformam com a reestruturação e com a falta de explicações. Decidiram por isso, em junho, parar os trabalhos durantes duas horas, todos os dias, da parte da manhã, nos aeroportos de Lisboa, Faro e Ponta Delgada. Duas vezes por semana nos aeroportos do Porto e Funchal.
Apesar do Governo não estabelecer uma relação de causa, a reestruturação do SEF surgiu depois da morte de um ucraniano às mãos de inspetores no centro de instalação temporária do aeroporto de Lisboa.
O novo órgão vai chamar-se Serviço de Estrangeiros e Asilo. Todas as questões de natureza policial vão transitar para as restantes forças de segurança e a parte administrativa fica a cargo dos inspetores.
Todos os partidos, exceto o PS, querem que a reforma do SEF seja debatida no Parlamento.