O político e antigo ministro Jorge Coelho morreu esta quarta-feira, aos 66 anos, vítima de um ataque cardíaco fulminante em casa, na Figueira da Foz.
António Guterres, secretário-geral da ONU e antigo primeiro-ministro português, recorda Jorge Coelho como "a personificação da vida", "um homem do entusiasmo, uma força interior".
"Era um amigo queridíssimo, o homem que me acompanhou em momentos decisivos na minha vida. (...) Saber que ele morreu é algo que nem sequer consigo aceitar."
Jorge Coelho foi ministro nos dois Governos liderados por António Guterres, entre 1995 e 2001, tendo ocupado os cargos de ministro Adjunto, ministro da Administração Interna e ministro da Presidência e do Equipamento Social.
Demitiu-se em 2001, na sequência da queda da ponte de Entre os Rios, assumindo a responsabilidade política pelo desastre. A sua última decisão no cargo foi pedir um inquérito ao caso porque "a culpa não pode morrer solteira".
Figura incontornável da política portuguesa, em 2006 renunciou ao mandato de deputado e abandonou todos os cargos partidários para se dedicar à atividade profissional na gestão de empresas.