A advogada de Rosa Grilo e um antigo inspetor da PJ foram acusados esta quinta-feira por uma alegada plantação de provas no caso do homicídio de Luís Grilo. O Ministério Público conclui que os dois arguidos enganaram as autoridades para que a mulher da vítima fosse absolvida em julgamento.
Na acusação, a que a SIC teve acesso, o Ministério Público diz que os dois arguidos organizaram uma nova cena do crime colocando, dentro de casa, dois fragmentos de projéteis e dois invólucros.
Agiram para fazer crer que o crime de homicídio pelo qual a mulher da vítima estava a ser julgada tinha sido na verdade praticado por terceiros.
O objetivo, segundo o MP, seria prolongar o julgamento para atingir o máximo de prisão preventiva, a libertação de Rosa Grilo e uma eventual absolvição.
A mulher acabou por ser condenada a 25 anos de prisão. A advogada e o antigo inspetor, que já cumpriu pena de cadeia por corrupção passiva e violação de segredo funcionário, são agora acusados de simulação de crime, detenção de arma proibida e favorecimento pessoal.
A acusação segue agora para a Ordem dos Advogados para a eventual abertura de um processo disciplinar.
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