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Avião intercetado com droga. Lucas Veríssimo esteve na lista de passageiros

Defesa central brasileiro foi contratado recentemente pelo Benfica. Jogador e empresário acabaram por viajar no dia anterior para Lisboa, num voo comercial da Air France.

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SIC Notícias

O avião da Omni intercetado na semana passada pela polícia brasileira com 500 quilos de cocaína, que tinha Portugal como destino, teve várias listas de passageiros.

Numa delas, de dia 7 de fevereiro, aparecem os nomes de Lucas Veríssimo, o defesa central brasileiro contratado recentemente pelo Benfica, e do intermediário do negócio, Bruno Macedo.

O jogador e empresário acabariam, no entanto, por viajar no dia anterior para Lisboa, num voo comercial da Air France que fez escala em Paris, tendo aterrado no aeroporto da Portela já no dia 7, numa chegada registada pela comunicação social.

A SIC teve acesso ao bilhete da viagem que prova que Lucas Veríssimo e Bruno Macedo vieram nesse voo da Air France.

Companhia diz ter sido surpreendida

A companhia aérea Omni afirma que foi surpreendida, a 9 de fevereiro, pela descoberta de substâncias ilícitas em compartimentos na fuselagem do avião Falcon 900.

"Na viagem para o aeroporto em Salvador, a fim de aguardar pela autorização de regresso para Lisboa, foi detetado um problema técnico durante a aproximação. Esta situação ocasionou a necessidade de intervenção de manutenção no avião, tendo sido prontamente solicitada pelo Comandante do voo à Dassault (fabricante do avião), em São Paulo", lê-se num comunicado enviado pela empresa às redações.

A Omni revela que "(...) existiu a necessidade de abrir um painel técnico na fuselagem do avião, onde encontraram um volume afixado à estrutura interna do avião (...)", tendo sido "(...) imediatamente solicitada, pelo Comandante do voo, a intervenção da Polícia Federal, que tomou conta da ocorrência".

A companhia aérea refere também que a tripulação do voo regressou a Portugal há vários dias, mas não adianta mais informações, dado estar em curso uma investigação policial e o caso estar em segredo de Justiça.

João Loureiro diz que está "a viver um filme"

O antigo presidente do Boavista era um dos passageiros do avião privado onde foram apreendidos 500 quilos de cocaína, no aeroporto da Bahia, e não chegou a descolar.

João Loureiro não quis gravar uma entrevista. No entanto, por telefone, garantiu à SIC que está a viver um autêntico filme policial.

O antigo dirigente dos "axadrezados" garante também que não conhecia o espanhol, Mansur Ben-Barka Herédia, o outro passageiro da aeronave, e explica que foi ao Brasil num avião privado pago por uma empresa brasileira que o queria contratar como consultor, para encontrar oportunidades de investimento em Portugal.

João Loureiro assegura ainda que, já no Brasil, começou a desconfiar que algo não batia certo quando o voo de regresso, previsto para 1 de fevereiro, foi sendo sucessivamente adiado.

À SIC, mostrou mensagens que garante ter enviado ao comandante do avião no dia 6, a pedir para serem rigorosos na inspeção da carga, depois de, à chegada, ter havido problemas com caixas de vinho que iam a bordo.

Na semana passada, a Polícia Federal do Brasil apreendeu meia tonelada de cocaína escondida num avião particular que pretendia voar de Salvador para Portugal após o piloto da aeronave comunicar problemas nos comandos de voo da aeronave.

Mecânicos foram ao avião para verificar o problema, descobriram parte da droga e relataram à Polícia Federal.

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