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Médico do INEM admite à PJ lembrar-se de ver hematomas na face de Ihor Homeniúk

No documento de verificação de óbito não foi registado nenhum sinal de violência

SIC Notícias

O médico que atestou a morte de Ihor Homeniúk não registou nenhum sinal de violência no documento de verificação de óbito. Só quando foi ouvido pela Polícia Judiciária (PJ) é que admitiu que, afinal, se recordava de ver hematomas na face de Ihor. No entanto, afirma não ter percebido se eram provocados por uma agressão ou uma queda.

Minutos antes de ser declarado o óbito, a equipa da Cruz Vermelha foi chamada ao local e escreveu no relatório que o homem ucraniano tinha diversos hematomas ao longo de todo o corpo e que a sala onde se encontrava tinha um cheiro nauseabundo.

Ihor Homeniúk foi assistido três vezes por socorristas e enfermeiros da Cruz Vermelha enquanto esteve à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Em duas das ocasiões, viram-no com as mãos imobilizadas atrás das costas e com hematomas na cabeça e nos braços.

Segundo contou à PJ um dos enfermeiros, numa das alturas Ihor estava manietado e encolhia os braços para proteger a face, como se estivesse com medo. Um movimento que repetia sempre que alguém se aproximava dele.

Quando o corpo chegou ao instituto de Medicina Legal, o corpo do cidadão ucraniano apresentava várias lesões visíveis. O que despertou a atenção do médico legista, foi a marca de uma bota no tórax. Carlos Durão alertou a PK e a investigação passou a ser de uma suspeita de homicídio.

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