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Greve dos enfermeiros às cirurgias afeta cinco centros hospitalares

Continua esta segunda-feira a greve dos enfermeiros, com concentrações em Lisboa, Coimbra e Porto. A paralisação está a afetar cirurgias em cinco centros hospitalares destas regiões.

Em greve desde dia 22 de novembro, no que prometem ser uma paralisação prolongada até que o Governo volte às negociações, os enfermeiros exigem uma carreira digna e boas condições de trabalho.

O protesto foi marcado pelo Sindicato Democráticos dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) na sua página do Facebook, a par da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros. Reclamam a criação da carreira de enfermeiro especialista, uma revisão dos salários e melhoria nas condições de acesso à reforma.

Em vários blocos operatórios a greve tem atingido 100% de adesão, obrigando ao adiamento de milhares de cirurgias. O Governo garante que serão todas reprogramadas "em primeira mão no contexto do Serviço Nacional de Saúde e o quanto antes", explicou a ministra da Saúde.

Esta paralisação tem gerado alguma polémica, depois do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos ter acusado alguns piquetes de greve de entrar nos blocos operatórios e obrigar médicos a suspender cirurgias. Acusações que os sindicatos recusam.

Dizem ainda que nenhuma cirurgia oncológica foi adiada devido à greve, apesar de uma adolescente com um tumor ter revelado que, à entrada do bloco, foi informada de que não seria operada por não ter um diagnóstico oncológico.

A greve está agendada até ao dia 31 de dezembro. Luís Mós, do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, fez esta segunda-feira o ponto de situação e explicou as reivindicações.

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