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Professores querem suspender greve e voltar às negociações

Numa consulta feita pelos sindicatos, quase 70% dos professores entende que é tempo de voltar à negociação com o Governo. Mas 97% garantem que não abrem mão de recuperar os 9 anos, 4 meses e 2 dias em que a carreira esteve congelada.

Última atualização às 16:37

Não há margem para negociar. Os professores mantém-se irredutíveis: querem que lhes seja contabilizados os 9 anos em que as carreiras estiveram congeladas.

No inquérito distribuído pelos 10 sindicatos dos professores, onde a pergunta era se "Concorda com a posição dos sindicatos de exigência da recuperação total do tempo de serviço congelado (9 anos, 4 meses e 2 dias)",
97% dos inquiridos, ou seja, mais de 48 mil professores, responderam que sim, concordam.

E a mesma percentagem admite que esse pagamento possa ser feito de forma faseada, aos poucos, para que não se penalize as contas públicas.

Sobre a greve às avaliações que está em curso, os professores também são claros: quase 70%, 35 mil docentes, querem suspendê-la. Isto porque o Ministério da Educação marcou uma nova ronda de negociações para a próxima semana e os professores querem dar também um sinal de abertura.

Ainda assim, caso o Governo não vá ao encontro das reivindicações dos docentes, 47%, mais de 23 mil professores, admitem voltar à greve na primeira semana de outubro, a terminar no Dia Mundial do Professor, a 5 desse mês.

São as principais conclusões do inquérito enviado os professores, sindicalizados e não sindicalizados. No total, responderam às perguntas 50.738 docentes.

Para dia 11 de julho, está marcada um encontro entre o Ministério e os sindicatos sobre a contagem do tempo de serviço.

E se os professores se mantêm irredutíveis, o Governo segue pelo mesmo caminho. Na convocatória enviada, retoma a proposta de contagem dos dois anos, 10 meses e 18 dias, uma proposta que fica muito aquém dos 9 anos exigidos pelos docentes.

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