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"É possível repor o relógio a andar para frente, não é possível pôr o relógio a andar para trás"

O primeiro-ministro considerou hoje uma ilusão a ideia de que é possível "tudo para todos já". António Costa entende que os professores queiram recuperar as carreiras e está disponível para negociar, mas deixa claro que o Governo não vai sacrificar a estabilidade financeira que o país conquistou.

"A ilusão de que é possível tudo para todos, já não existe isso. Temos de negociar com bom senso, com responsabilidade, procurando responder às ansiedades das pessoas, mas com um princípio fundamental: Portugal não pode sacrificar tudo o que conseguiu do ponto de vista da estabilidade financeira, porque isso, no futuro, colocaria em causa o que foi até agora conquistado", alegou.

António Costa falava aos jornalistas em Tunes, na Tunísia, no final do Fórum Luso-Tunisino, depois de confrontado com as crescentes expetativas dos trabalhadores do Estado em relação à política de rendimentos do Governo.

O primeiro-ministro afirmou mesmo que um "princípio fundamental" do programa do Governo "é a consolidação das finanças públicas, a eliminação do défice e a redução da dívida para desonerar a economia e as finanças públicas portuguesas".

"Todos estes objetivos devem ser cumpridos para aumentar a capacidade de o país investir onde é necessário. Se queremos investir mais na qualidade da educação, na qualidade do sistema de saúde e nos serviços públicos não podemos consumir todos os recursos disponíveis com quem trabalha no Estado", defendeu o líder do executivo.

Com Lusa

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