País

CGTP quer todos os trabalhadores abrangidos pela regularização dos precários

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu esta quinta-feira que o processo de regularização dos precários na Administração Pública deve incluir todas as carreiras e profissionais para não deixar "áreas compartimentadas que não se sabe como serão resolvidas".

Jose Manuel Ribeiro

Comentando as notícias que indicam o alargamento do processo a todas as carreiras, com exceção dos professores, o dirigente sindical garantiu que "a precariedade não é exclusiva de um setor porque se generalizou a toda a Administração Pública", pelo que todos devem ser incluídos.

"Este é o processo, não pode ser outro, sob pena de estarmos a dizer que queremos combater a precariedade, mas depois deixamos áreas compartimentadas dentro da Administração Pública que não se sabe depois como se vai resolver", afirmou.

Para o sindicalista, "se há disponibilidade do Governo para passar ao quadro de efetivos os trabalhadores com vínculos precários, então devem ser inseridos neste processo todos os profissionais, sejam de carreiras especiais, professores ou enfermeiros, sejam trabalhadores das autarquias ou dos diversos ministérios".

À margem do plenário de trabalhadores da segurança privada do aeroporto de Lisboa, Arménio Carlos admitiu que a negociação do processo seja feita de forma setorial: "O que tem a ver com os professores negoceia-se com a FENPROF, o que tem a ver com Saúde negoceia-se com a Função Pública (sindicato) e com os sindicatos dos enfermeiros e dos médicos e o que tem a ver com a Justiça negoceia-se com os funcionários judiciais e com sindicato do Ministério Público".

Segundo a imprensa, o esboço da portaria do Governo, cuja versão final deverá ser publicada na próxima semana, prevê que fiquem abrangidos os trabalhadores da administração direta e indireta do Estado sujeitos a uma hierarquia e a um horário de trabalho, que assegurem necessidades permanentes e que não têm vínculo laboral adequado.

De fora, ficam assim carreiras com processo de vinculação extraordinária, como os professores.Os jornais Público e Diário de Notícias indicam que o trabalhador terá 60 dias para enviar um requerimento às comissões de avaliação do seu ministério.

Lusa

Últimas