O controlador automático disparou e deu-se uma paragem automática no reator, adiantaram à agência Lusa os ambientalistas, num comunicado divulgado esta segunda-feira pela associação portuguesa Zero, que integra o MIA.
A alimentação elétrica é fundamental para manter todos os sistemas de controlo e a segurança em funcionamento, explicam as associações, adiantando que a sua interrupção leva à paragem do reator para evitar males maiores.
Segundo os ambientalistas, não é a primeira vez que o fornecimento de energia dos reatores dá problemas, tendo ocorrido problemas similares em janeiro de 2016.
No passado sábado houve outro incidente no sistema elétrico de salvaguardas, desta vez na unidade II de Almaraz, central que fica a cerca de cem quilómetros de Portugal.
"Esta acumulação de incidentes, ainda mais quando acontece no mesmo sistema de alimentação elétrica, mostra claramente que a central trabalha, a cada dia que passa, com a segurança mais degradada", advertem o Movimento Ibérico Antinuclear, composto por várias organizações portuguesas e espanholas, e os Ecologistas em Ação.
Para os ambientalistas, é imperativo a realização de uma investigação para averiguar a causa específica dessas falhas repetidas.
"A causa principal é claramente o envelhecimento progressivo da central, que aconselha a que não seja prolongado o seu funcionamento", vincam no comunicado.
O Movimento Ibérico Antinuclear e os Ecologistas em Ação reiteram a sua exigência para que não seja renovada a autorização de funcionamento da central de Almaraz, que tem licença até 2020.
Esta exigência é um requisito básico para proteger as pessoas e o ambiente de um risco cada vez maior de acontecer um grave incidente, defendem.
Lusa