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Vítimas de tráfico de seres humanos quadruplicaram

Nunca houve tantas vítimas confirmadas de tráfico de seres humanos em Portugal. Aumentaram 4 vezes, de de 32 para 118, de 2015 para 2016, assim como as sinalizações ou os casos suspeitos vítimas sobre as quais recaem suspeitas de terem sido traficadas, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna 2016 (RASI) citado peo Jornal Público.

© Jose Manuel Ribeiro / Reuters

Desde que a lei portuguesa passou a incluir vários tipos de exploração no crime de tráfico de pessoas o número de vítima nunca mais parou de subir. Em 2007 a legislação passou a contemplar a exploração laboral, para além da exploração sexual e só em 2013 é que se passaram a incluir, também, as actividades criminosas.

De acordo com o Jornal Público nunca, até agora, tinham sido confirmadas tantas vítimas em Portugal à data de produção dos relatórios pelo Observatório de Tráfico de Seres Humanos (OTSH), criado em 2008. Das 118 confirmadas, 22 são portuguesas.

De acordo com os dados do Relatório Anual de Segurança Interna 2016, entre as 261 vítimas sinalizadas em 2016 há cidadãos de 23 países mas três destacam-se: Portugal com 72 vítimas, a Roménia, com 70 vítimas e o Nepal, com 47 vítimas.

Os últimos dados denunciam ainda uma tendência importante: Portugal é, não só um país de destino como, também, um país de origem. Muitos portugueses acabam por cair em redes de exploração grande parte para agricultura, muitas para Espanha. Mas também há estrangeiros a serem explorados em Portugal e, mais uma vez, a maior acaba na agricultura.

Santarém surge no RASI como o distrito com mais casos: 24 vítimas sinalizadas em Almeirim, para agricultura. Segue-se Beja, com 23 registos e Bragança, com 14. As outras 22 vítimas sinalizadas referem-se a vários locais de exploração.

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