Classificada por fonte da Presidência da República como uma das mais importantes visitas de Estado de Cavaco Silva, a viagem a Xangai, Pequim e Macau vai prolongar-se por sete dias, entre 12 e 18 de maio, com uma agenda carregada e onde um dos pontos mais importantes será o encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping.
A acompanhar Cavaco Silva na viagem estará uma comitiva de mais de 100 empresários portugueses - de áreas tão diversas como a banca, advocacia, indústria farmacêutica, imobiliário, turismo, vinhos, indústria agro-alimentar, arquitetura - e representantes de várias associações de jovens empresários.
Além da participação em dois seminários económicos, o Presidente da República terá ainda encontros mais privados com empresários chineses, nomeadamente com os presidentes da Fosun, grupo chinês que adquiriu recentemente 80% da Caixa Seguros e da China Three Gorges, o maior acionista da EDP.
Além desta "componente económica muito marcada", conforme sublinhou fonte da Presidência da República, a visita de Cavaco Silva à China, que se realiza a convite do homólogo chinês, terá também um vasto programa cultural e uma vertente académica significativa.
Da comitiva oficial fazem parte representantes das maiores universidades portuguesas, além da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Oriente.
O último governador de Macau, Vasco Rocha Vieira, integrará igualmente a comitiva. Fonte de Belém salientou a "gratidão" que existe por parte de Pequim pela forma como foi feita a transferência da administração de Macau de Portugal para a China em 1999.
A fonte de Belém assinalou o "momento muito oportuno" da visita, porque se comemora o 35. aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países e "porque é também o estabelecer de relações com um novo ciclo político na China, uma nova geração política".
Da comitiva oficial de Cavaco Silva farão ainda parte os ministros dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete; da Economia, Pires de Lima e da Educação e Ciência, Nuno Crato. O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, só acompanhará a visita em Pequim.
Todos os partidos, à exceção do BE que não costuma acompanhar as deslocações do Presidente da República, integram também a comitiva oficial, assim como o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho.
Lusa