A Assembleia Municipal de Lisboa rejeitou esta terça-feira a moção de censura do Chega ao presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), que pretendia responsabilizá-lo politicamente pela tragédia do descarrilamento do elevador da Glória.
Entre os 75 deputados municipais, votaram contra PSD, IL, MPT, Aliança e CDS-PP, abstiveram-se BE, Livre, PEV, PCP, dois deputados independentes do movimento Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PS e PAN, e votaram a favor PPM e Chega.
Acusando o presidente da Câmara de Lisboa de falhar no dever de "garantir a segurança da cidade", a moção de censura do Chega foi apresentada na sequência do descarrilamento do elevador da Glória, que ocorreu na quarta-feira e provocou 16 mortos e 22 feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
De acordo com o Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, as moções de censura "visam censurar a ação da câmara municipal" e servem para "tomar posição" sobre assuntos de interesse para o município, no âmbito da competência de fiscalização deste órgão, sem ter poder para destituir o executivo camarário.
Na rede social X, Carlos Moedas salientou que esteve “onde tinha de estar” depois da tragédia no elevador da Glória e disse considerar que "a moção de censura (…) apresentada não teve como objetivo ajudar as vítimas nem as suas famílias.