Aguiar Branco falava após visitar a Capitania do Porto do Douro, no Porto, e de ouvir uma exposição sobre os danos que o mau tempo causou este ano na região.
Num comentário às preocupações do presidente das Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, com o futuro dos trabalhadores, o ministro disse: "infelizmente, já não é a primeira vez (que o autarca) tem feito declarações e tem tido atitudes que pretendem mais confundir do que contribuir para uma solução".
Nesta questão, o ministro defendeu que se deve "trabalhar numa perspetiva positiva", assegurando a tranquilidade e a confiança por parte dos trabalhadores que rescindiram os contratos.
"Eles (trabalhadores) fizeram isto de uma forma voluntária e consensualizada, o que significa que os seus direitos foram salvaguardados", salientou.
Referindo-se novamente ao autarca, o governante referiu que "há pessoas que trabalham para encontrar uma solução e há pessoas que estão sempre a querer criar uma névoa de preocupação e de confusão.
"Infelizmente, há pessoas que são parte da solução e há pessoas que são parte do problema. O presidente da Câmara tem sido parte do problema e já há muito que ele até, em algumas situações, perdeu a noção do ridículo".
Sobre o plano de rescisões nos estaleiros, o ministro da Defesa disse que "foi uma boa solução para Viana do Castelo, porque vai permitir manter a construção naval" na cidade.
"Mostra também que o plano social que foi encontrado é equilibrado e justo,", completou, criticando os que procuram criar "uma situação de dramatismo" devido ao encerramento dos ENVC, alegadamente porque a União Europeia impôs, e posterior subconcessão à empresa Martifer.
Aguiar Branco adiantou que, tal como previsto, a Martifer, vai iniciar, a partir de abril, a sua atividade nos ENVC e que "até lá vá fazendo o recrutamento de cerca de 400 novos trabalhadores".
Lusa