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Novos programas do secundário visam modernizar o ensino, diz ministro da Educação

O ministro da Educação, Nuno Crato, desvalorizou  hoje as críticas às propostas de novos programas para o ensino secundário  adiantando que estas medidas visam "modernizar" as disciplinas e o ensino obrigatório. 

"O que estamos a fazer é atualizar os programas, modernizá-los. São  programas que já estão muito datados, são programas que, quando os novos  entrarem em vigor, estarão datados de cerca de 15 anos. O que é o período  normal para mudar de programas", disse o ministro aos jornalistas. 

O Ministério da Educação e Ciência colocou as propostas de novos programas  de Português, Matemática e Física e Química A do ensino secundário em consulta  pública na segunda-feira com o objetivo de contribuir "para a coerência  de todo o percurso escolar dos alunos", anunciou em comunicado. 

Quando questionado pelos jornalistas sobre as críticas por parte de  associações de professores, que se queixaram de não terem sido ouvidos,  Nuno Crato afirmou que as diversas sociedades científicas, associações de  docentes e as escolas têm oportunidade de participar nesta altura em que  foi aberta a discussão pública. 

"O que é que pretendemos, não é mudar por mudar, pretendemos mudar para  tornar os programas mais adaptados à modernidade, àquilo que se faz em toda  a Europa e se está a fazer no mundo, que é ter metas mais claras, programas  mais exigentes, referências literárias que são importantes para todos os  nossos alunos", disse. 

O governante adiantou que não se pode falar em "retrocesso", quando  os novos programas, por exemplo para a disciplina de português, visam a  introdução de "grandes obras da literatura" portuguesa como Eça de Queirós  ou Camilo Castelo Branco, bem como na disciplina de matemática prevê a aprendizagem  de matemática avançada. 

"Tudo o que estamos a fazer é uma atualização que tem em vista o facto  de a escolaridade obrigatória agora ser estendida até ao 12 ano. Temos  que pensar nos programas, sobretudo no das disciplinas fundamentais, e ver  como é que fazemos (para) que desde o básico até ao secundário, portanto  ao longo de todo o ensino obrigatório, esses programas sejam coerentes",  avançou. 

O ministro falava aos jornalistas durante uma visita ao Agrupamento  de Escolas Ferreira De Castro, em Algueirão - Mem Martins (Sintra), numa  sessão sobre educação especial no âmbito da qual decorreu o lançamento do  livro `Marco na Rarilândia'. 

Lusa

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