Olhares pelo Mundo

Espécie rara e ameaçada de tubarão avistada no Rio de Janeiro

O tubarão-mako, visto pela primeira vez numa área urbana no Brasil, é considerado o mais rápido do mundo. Esta espécie consegue nadar a 70 quilómetros por hora.

Elisa Macedo

Ana Isabel Pinto

Uma espécie rara e ameaçada de tubarão foi avistada nas águas da Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, no domingo, 23 de março, o que faz aumentar as esperanças na preservação da biodiversidade marinha no Brasil. Os especialistas garantem que o tubarão-mako não é perigoso e não representa qualquer ameaça para a população.

Um mergulhador veterano avistou um tubarão-mako (Isurus oxyrinchus) entre Ipanema e as Ilhas Cagarras. Este foi o primeiro avistamento desse raro tubarão numa área urbana, no Brasil, de acordo com uma declaração do Instituto Mar Urbano (IMU), “uma organização não governamental que trabalha com o propósito de gerar e compartilhar conhecimento sobre o ambiente marinho”, como se pode ler no site do instituto.

A Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), classificou esta espécie como ameaçada de extinção em 2018.

O tubarão-mako é considerado o mais rápido do mundo. Estes animais podem atingir velocidades de 70 quilómetros/hora, de acordo com dados do Museu da Florida, nos Estados Unidos.

Apesar de ser uma espécie ameaçada, o tubarão-mako continua a ser procurado para consumo humano.

O tubarão-mako teve também destaque e protagonismo no romance de Ernest Hemingway, “O Velho e o Mar”.

“Uma hora depois de Santiago ter matado o marlim, surge um tubarão-mako. Ele tinha seguido o rasto de sangue que o marlim deixara durante a sua agonia. Quando o tubarão se aproxima, Santiago prepara o seu arpão, esperando matá-lo antes que ele devore o marlim. Ele golpeia a cabeça do tubarão enquanto ele mastiga parte da carne do marlim. O tubarão morto afunda lentamente no oceano, levando consigo o arpão de Santiago”, [excerto do livro “O Velho e o Mar”].

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