Na manhã de terça-feira,12 de março, a cápsula Dragon da SpaceX amarou no Golfo do México com quatro astronautas vindos da Estação Espacial Internacional (ISS), de onde partiram a 11 de março.
Após uma viagem de 18,5 horas desde a Estação Espacial, a cápsula foi recuperada no mar em menos de meia-hora com todos os quatro elementos da Crew-7 a bordo de boa saúde, revelou a NASA.
A astronauta da NASA Jasmin Moghbeli, o astronauta da JAXA Satoshi Furukawa, o cosmonauta da Roscosmos Konstantin Borisov e o astronauta da ESA Andreas Mogensen regressaram de uma missão de seis meses com experiências científicas cruciais para a Terra.
A partida da ISS ocorreu após uma cerimónia de mudança de comando no domingo, que passou para as mãos do cosmonauta russo Oleg Kononenko.
Rara parceria entre a Rússia e os EUA
Apesar das tensões diplomáticas entre Washington e Moscovo desde o início da guerra na Ucrânia, a colaboração entre as agências espaciais americana e russa continua na ISS – um dos poucos temas de cooperação ainda em curso entre os dois países.
A 26 de julho de 2022, a Rússia tinha anunciado que iria deixar de operar a Estação a partir de 2024, mas em maio de 2023 acabou por concordar permanecer a bordo até 2028.
No discurso de despedida no domingo, a astronauta da NASA Jasmin Moghbeli elogiou a cooperação internacional que tornou possível, após o fim da Guerra Fria na década de 1990, a criação da ISS.
“É a prova do que é possível quando trabalhamos juntos”, disse a astronauta norte-americana.
Durante os seis meses que passou no espaço, a tripulação realizou trabalhos científicos, estudando por exemplo como a microgravidade, que acelera o envelhecimento, afeta a regeneração do fígado.
Esta é a sétima missão regular de rotação de tripulação realizada pela SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, para a NASA. A sucessora Crew-8 chegou a 3 de março à ISS.
A NASA paga à SpaceX por este serviço, o que reduziu a dependência da Rússia para levar tripulações à Estação Espacial Internacional desde o fim dos voos dos space shuttle americanos em 2011.