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Donald Trump diz que devem ser divulgadas provas "credíveis" sobre Jeffrey Epstein

Presidente dos EUA vai ao encontro dos que pediam "transparência" no caso e garante que o seu nome não está nos registos. Ainda assim, diz não entender o interesse no caso que considera "sórdido e aborrecido".

Marta Ferreira

Depois de ter defendido publicamente este sábado Pam Bondi, a procuradora-geral dos EUA e ter desvalorizado o caso Epstein, o Presidente dos Estados Unidos considera agora que devem ser divulgadas eventuais provas "credíveis" sobre Jeffrey Epstein.

Em declarações proferidas esta terça-feira, Donald Trump vai ao encontro dos pedidos de "transparência" dos seus aliados ao longo das últimas semanas e afirma que Bondi deve divulgar eventuais provas "credíveis" sobre o caso que envolve o magnata acusado de tráfico sexual, ainda que considere o caso "sórdido e aborrecido".

"Não entendo qual é o interesse ou qual é o fascínio. Realmente não entendo. E a informação credível foi dada", apontou.

No sábado, o presidente norte-americano dizia que "ninguém se importa" com Epstein, e que não se deveria gastar mais tempo ou energia no caso, mas a sua base de apoiantes não reagiu como esperava. Epstein foi encontrado morto na cela numa prisão norte-americana onde se encontrava em 2019, mas muitos do movimento "Make America Great Again" (Maga) acreditam que a causa atribuída à morte, o suicídio, não está bem explicada, teorizando antes a possibilidade do magnata ter sido morto para proteger figuras influentes ou até agências de inteligência.

Trump vira agora o discurso. Segundo a BBC, elogiou a forma como a procuradora-geral lidou "muito bem" com o assunto e defendeu: "Tudo o que achar que é credível, deverá divulgar".

Quando questionado sobre se o seu nome aparecia nos registos, o presidente norte-americano respondeu prontamente que “não”. Em declarações aos jornalistas, lembrou ainda a "caça às bruxas Mueller" ou o dossiê Steele "que era todo falso", afirmou.

"Não entendo por que o caso Jeffrey Epstein seria do interesse de alguém. É uma coisa muito chata. Está resolvido, mas é chato. E não entendo por que continua. Acho que, realmente, apenas pessoas muito más, incluindo notícias falsas, querem manter algo assim. Mas informação credível, deixem-na dar. Qualquer coisa que seja credível, diria que deve ser divulgada".
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