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França e Reino Unido reforçam cooperação nuclear para dissuadir ameaças à Europa

O comentador da SIC, Manuel Poêjo Torres, explica que França e Reino Unido unem esforços "para garantir que existe uma dissuasão ativa da ameaça nuclear russa".

Manuel Poêjo Torres

O primeiro-ministro britânico e o Presidente francês admitem que há uma ameaça externa à Europa e que, se for necessário, pode ser dada uma resposta conjunta. Os dois países reforçaram, por isso, a cooperação nuclear para dissuadir os inimigos da Europa.

Esta cooperação histórica marca a primeira vez que a França abre o seu plano nuclear a uma coordenação direta com outro país, mantendo-se fora do planeamento nuclear da NATO, mas criando um gabinete de coordenação nuclear bilateral com o Reino Unido, explica Poêjo Torres..

"A França, pela primeira vez, desde a criação do seu plano nuclear nos anos 1950, dá um sinal de querer abrir o seu plano nuclear a uma coordenação direta com o Reino Unido. E este é um momento absolutamente histórico, porque a França sempre interpretou o seu armamento nuclear como uma arma política, uma arma de soberania nacional francesa e nunca colocou o armamento nuclear francês debaixo da coordenação do grupo de coordenação nuclear da NATO".

França e Reino Unido unirão esforços "para garantir que existe uma dissuasão ativa da ameaça nuclear russa, mas uma proteção ativa também sobre os diferentes territórios que ficam debaixo do chapéu nuclear de defesa da Europa".

"É um passo muito importante, muito visível, que faz o Kremlin olhar com olhos diferentes para a relação de poderes na Europa que agora se começa a afirmar".

Este é um dos temas abordados no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45.

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