Eram 04:00 horas da manhã quando a enfermeira Jane Towler recebeu um telefonema de um vizinho a alertar para as cheias repentinas. Só teve tempo de avisar o filho e um casal vizinho, com uma filha de apenas um ano, para que todos se conseguissem abrigar no sótão e depois no telhado de casa.
Os vídeos gravados pela família mostram o quão rapidamente a casa foi tomada pela água. O rio Guadalupe aumentaria quase oito metros em 45 minutos, devastando casas e prédios, arrastando carros e camiões e tirando a vida a mais de cem pessoas.
Para o grupo, pareceu uma eternidade passar a noite à espera ao relento, com trovoadas, com gritos de desespero e uma destruição que arrasou a região. Mas muitos não tiveram a mesma sorte deste grupo.
As equipas de resgate — com a ajuda da população — ainda estão à procura dos desaparecidos, sete dias após as inundações. As autoridades do Texas criaram centros para os sobreviventes receberem assistência federal e outros serviços.
Não muito longe do rio Guadalupe, foi improvisado um memorial com fotografias das vítimas, flores e velas. As autoridades locais disponibilizaram um sistema para que as pessoas registem dados de parentes desaparecidos para fazer corresponder as informações com corpos por identificar.