Milhares de pessoas continuam a ser obrigadas a fugir das regiões da Turquia onde se registam incêndios de grandes dimensões, especialmente em Esmirna, na costa do Mar Egeu, onde os fogos permanecem descontrolados.
O oeste da Turquia, uma região marcada por temperaturas muito elevadas e ventos fortes, é atualmente a área com mais frentes de incêndio abertas. Algumas cidades encontram-se cobertas por fumo, tornando o ar irrespirável. Em Esmirna, as chamas estão completamente fora de controlo, tendo mais de 50 mil pessoas já sido forçadas a abandonar as suas casas, com ordens para sair de várias aldeias e vilas.
O governo turco mobilizou centenas de bombeiros e dezenas de meios aéreos para reforçar o combate aos incêndios, que, segundo cientistas, são uma consequência direta das alterações climáticas, que provocam o aumento das temperaturas e períodos prolongados de seca. Este é já o segundo dia de luta intensa contra o fogo que consumiu milhares de hectares de floresta e mato, além de ter destruído várias habitações.
As autoridades locais de Esmirna estão a acolher os desalojados em hotéis, ginásios e quartéis militares, tentando garantir-lhes abrigo e apoio.
A Turquia integra um grupo de países europeus afetados por uma vaga de calor que tem levado a temperaturas recorde. De acordo com os dados mais recentes, o calor extremo é responsável pela morte de mais de 480 mil pessoas por ano em todo o mundo.
A temperatura média do planeta está atualmente 1,4 graus Celsius acima dos valores registados no início do século XX, com a Europa a ser o continente que está a aquecer mais rapidamente.