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Deputada brasileira de extrema-direita muda-se para a Europa após condenação a 10 anos de prisão

É uma das vozes mais radicais da extrema-direita brasileira e foi condenada a 10 anos de prisão encomendar uma invasão ao sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante a eleição de 2022.

Jair Bolsonaro e Carla Zambelli
Marcelo Camargo/AP

SIC Notícias

A deputada brasileira Carla Zambelli, condenada pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil a 10 anos de prisão, anunciou esta terça-feira que está fora do país e que se pretende estabelecer na Europa para denunciar o que classifica de “perseguição judicial”.

Há duas semanas, foi considerada culpada de encomendar uma invasão ao sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante a eleição de 2022, na qual o atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, derrotou o líder de extrema-direita Jair Bolsonaro, que procurava a reeleição.

É uma das vozes mais radicais da extrema-direita brasileira e enfrenta acusações noutros processos, incluindo um caso em que perseguiu um apoiante de Lula da Silva com um arma em punho pelas ruas de São Paulo, na véspera das eleições presidenciais de outubro de 2022.

Numa entrevista à rádio Auriverde, revela que saiu do Brasil há uns dias e que tenciona agora estabelecer-se na Europa.

“Tenho cidadania europeia, então estou muito tranquila em relação a isso. Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Não é desistir do país. Muito pelo contrário: é resistir”, afirmou.

Diz ainda estar a ser perseguida pelo que chamou de "ditadura judicial" liderada pelos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro que, segundo a mesma, a condenaram sem nenhuma prova.

"Eu não roubei, não estuprei, não matei", declarou.

Na entrevista, embora não tenha mencionado o ataque cibernético, Carla Zambelli insistiu que as urnas eletrónicas usadas no país "não são confiáveis" e destacou que, enquanto forem utilizadas, "não haverá democracia".

Com Lusa

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