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Aumento da procura contrasta com falta de mão de obra na indústria de armamento europeia

A pressão sobre a indústria do armamento disparou — os Governos europeus tentam antecipar a possível redução da ajuda norte-americana. Contudo, alguns dos maiores fabricantes europeus enfrentam uma escassez de mão de obra especializada.

Pedro Miguel Costa

A duas horas de carro de Praga, na República Checa, 800 trabalhadores do grupo PBS dão o tudo por tudo para responder às tantas encomendas. A empresa, conhecida pelo fabrico de motores para mísseis e drones, tem gente suficiente para ir aviando os pedidos, mas, se houvesse mais encomendas, poderia aceitar.

Cada um dos que aqui trabalha é, por isso, tão precioso que tudo é feito para que não vá embora. Muito do que é usado pelos ucranianos na guerra contra os russos é fabricado na Europa e, com a corrida ao armamento por parte de Bruxelas, as encomendas dispararam.

Cada trabalhador especializado é pago a peso de ouro e muitos, que o podem, saem de outras indústrias para produzir as armas gastas contra Putin. A indústria de armamento foi buscar, por exemplo, aos construtores de automóveis, muitos à espera de um novo desafio.

Embora o impulso de gastos de defesa da União Europeia deva criar centenas de milhares de empregos ao longo da próxima década, engenheiros de inteligência artificial, cientistas de dados, soldadores e mecânicos especialmente treinados necessários estão em falta, agora.

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