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Dia da Vitória: Rússia organizou maior desfile militar desde o início da guerra na Ucrânia

Vinte sete líderes de países amigáveis aceitaram o convite de Putin. O primeiro-ministro da Eslováquia foi o único líder da União Europeia a assistir ao desfile militar, apesar dos avisos de Bruxelas. Com Xi Jinping ao lado, Putin acompanhou as tropas chinesas que marcharam junto das forças russas.

Cristina Neves

Moscovo organizou o maior desfile do Dia da Vitória desde o início da guerra na Ucrânia, com mais de 20 dirigentes mundiais a assistir à parada militar. 

Com maior imponência do que as mais recentes paradas anuais, e sem incidentes reportados, a data, a mais redonda desde a invasão da Ucrânia, reveste-se da maior importância, numa altura em que Moscovo procura sair do isolamento a que foi condenado pela ofensiva ao país vizinho. 

Devido ao fuso horário, a Rússia assinala um dia depois dos aliados, a vitória sobre a Alemanha nazi. Foi há 80 anos e é um feriado incontornável no país. 

A Segunda Guerra Mundial, ou na versão russa a grande guerra patriótica, fez mais de 20 milhões de mortos na antiga União Soviética. O papel dos russos foi determinante para o desfecho do conflito. 

Vladimir Putin apropria-se da efeméride para reiterar o falso argumento da desnazificação da Ucrânia, com que justifica a invasão. 

Um país da UE esteve representado

Vinte sete líderes de países amigáveis aceitaram o convite de Putin. O primeiro-ministro da Eslováquia foi o único líder da União Europeia a assistir ao desfile militar, apesar dos avisos de Bruxelas. 

Oficiais norte-coreanos de alta patente atestaram o envolvimento de tropas de Pyongyang no conflito.  

Com Xi Jinping ao lado, Putin acompanhou as tropas chinesas que marcharam junto das forças russas que lutaram na Ucrânia. Cerca de 1.500 combatentes veteranos, afirma o Kremlin, de um total de 11. 000 homens envolvidos no desfile da Praça Vermelha. 

Protagonistas de um novo tipo de guerra, os drones também desfilaram, tal como  o mais moderno equipamento militar convencional. 

Moscovo acusou a Ucrânia de tentativas de entrada em território da Rússia e Kiev insistiu na violação russa do cessar-fogo, que, ao ser rejeitado por Zelensky, desvincularia uma e, outra parte. 

Ainda assim, a Ucrânia suspendeu os ataques em larga escala com drones contra território russo.  

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