Donald Trump admitiu, no domingo, que continua em cima da mesa a hipótese de uma intervenção militar na ilha da Gronelândia, território rico em recursos naturais que pertence à Dinamarca. As declarações foram divulgadas no mesmo dia em que anunciou duas novas medidas: vai reabrir uma das mais temidas prisões dos EUA e ordenou a imposição de taxas de 100% aos filmes estrangeiros, que acusa de estarem a arruinar a poderosa indústria cinematográfica de Hollywood.
Continua a ser sinónimo de fama, dinheiro e sucesso, mas tem vindo a perder influência. Na última década, Hollywood viu a produção cinematográfica e televisiva cair quase 40%. Em causa a concorrência de mercados, como os da Índia, China e Europa. Por isso, quer impor taxas de 100% a todos os filmes estrangeiros que sejam exibidos nos EUA, mas a proposta é vaga. Não se sabe se vai abranger produtoras norte-americanas que filmam fora dos EUA ou plataformas de streaming.
Para já, certo é que a medida foi anunciada no mesmo dia em que Trump ordenou a reabertura de Alcatraz, na baía de São Francisco, a prisão onde já estiveram detidas figuras como Al Capone ou Machine Gun Kelly. Está fechada há décadas, mas conserva a fama de ser um das mais temidas cadeias do país.
Também este domingo Trump deu uma entrevista à cadeia norte-americana NBC para dizer que está a ser encorajado por apoiantes para contornar a constituição e concorrer a um terceiro mandato.
Na mesma entrevista, admitiu que não descarta a hipótese de ordenar uma intervenção militar em território de outro país.
Provocador e politicamente incorreto, Trump consegue ser imprevisível até quando revela quem gostaria de ver como próximo líder da Igreja Católica.
A confederação de bispos de Nova Iorque está a entre as entidades que não acharam piada à brincadeira, mas Trump ignorou a contestação e, no domingo, publicou nas redes sociais uma imagem vestido de Papa, gerada por inteligência artificial.