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China assina acordos com países asiáticos em resposta às tarifas de Trump

Depois do Vietname, e até ao final da semana, Xi Jinping, Presidente chinês, vai a mais apertos de mão ao Camboja, que não visitava há nove anos, e à Malásia, onde não se deslocava há 12. 

Joana Latino

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês garante que a China está mais interessada em dar as mãos do que em distribuir murros. A condizer, o Presidente Xi Jinping está em visita oficial a países aliados asiáticos contra as tarifas de Trump. 

O Presidente chinês esteve no Vietname para assinar acordos de cooperação, pelo que se sabe até agora sobre cadeias de distribuição e cooperação na construção de ferrovias. 

O que não ficou dito é que o Vietname é um dos principais centros industriais de montagem de componentes eletrónicos que importa, na grande maioria, da China e que exporta, quase na totalidade, para os Estados Unidos, que agora aplicam tarifas gigantescas aos vietnamitase aos produtos chineses. 

"China insistirá em dar as mãos em vez de dar murros"

Os Presidentes Xi Jinping e Luong Cuong não fizeram declarações aos jornalistas. O recado para Trumpfoi lido pelo ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, em Pequim: 

“Perante as incertezas externas, a China insistirá em dar as mãos em vez de dar murros, derrubar muros em vez de construir barreiras, estabelecer ligações em vez de separações. Continuaremos a expandir o círculo de amigos comerciais, a tornar-nos um íman mais forte para o investimento, a desenvolver-nos com elevada qualidade e a abrir-nos ao mundo exterior a um nível elevado, para injetar mais estabilidade e energia positiva na economia mundial.” 

Depois do Vietname, e até ao final da semana, Jinping vai a mais apertos de mão ao Camboja, que não visitava há nove anos, e à Malásia, onde não se deslocava há 12. 

Regressos que tardam, mas não falham em tempo de necessidade de alianças comerciais contra os Estados Unidos. 

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