As trocas comerciais entre os EUA e a China estão, agora, praticamente congeladas, tendo em conta as tarifas impostas de parte a parte. Depois de ter deixado em suspenso a economia mundial, Donald Trump anunciou uma suspensão de tarifas para todos os países menos para a China. O Presidente norte-americano diz ter recuado porque as pessoas estavam a ficar nervosas.
A luta contra Pequim permanece, tudo o resto suspenso. As tarifas estão em banho-maria por três meses para todos os países, menos para a China. A União Europeia, que já estava preparada para retaliar, agradece e fica à espera.
Uma semana depois de chamar-lhe o dia da libertação, Donald Trump parece ter se assustado com o susto que causou.
“Bem, eu pensei que as pessoas estavam a saltar um pouco fora da linha. Estavam a ficar nervosas, um pouco assustadas”, admitiu o chefe de Estado.
Donald Trump suspende as tarifas por três meses para todos, incluindo União Europeia, que anunciou esta quinta-feira o mesmo em troca.
China disponível para negociar
Na lista fica apenas a China, contra a qual Washington agravou a taxa de importação para 125%, depois de Pequim ter aplicado uma tarifa de 84% para a entrada dos produtos norte-americanos. Na prática, o comércio entre ambos está suspenso.
Ambas as partes dão ainda assim ligeiros sinais dum abrandamento no conflito.
A China mostra-se disponível para negociar, mas com respeito, Trump admite não querer ir mais longe.
A Casa Branca afirmou que o plano sempre foi este desde o início: impor tarifas altas e depois dar uma pausa antes de começar negociações com países individualmente.
Mas o pânico dos investidores, a queda nas bolas, o coro crescente de críticas republicanas e a forte perda de popularidade de Donald Trump no espaço de alguns dias não terão passado em claro na hora de decidir o passo atrás.