A guerra de tarifas de Trump ensombrou a reunião dos Aliados em Bruxelas, esta sexta-feira. O Canadá diz que a relação com os Estados Unidos "nunca mais será a mesma", já o secretário de Estado norte-americano rejeita o impacto negativo na economia da UE, a quem pede ao mesmo tempo mais investimento em defesa.
Aliados na NATO, mas em choque frontal em comércio. É assim que a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Melanie Joly, descreve a relação comercial com Washington.
É que o Trump que exige maior investimento em Defesa, é o mesmo que declarou guerra de tarifas aos Aliados. O risco é que um braço de ferro comercial ponha em causa a capacidade económica de canadianos e europeus gastarem mais em Defesa.
Mark Rutte, secretário-geral da NATO, desdramatiza e garante que Trump não está a violar o tratado da NATO, que diz que os Aliados devem procurar eliminar os conflitos nas políticas económicas.
Negócios à parte, os Aliados apontam o dedo ao inimigo comum: Vladimir Putin.
A reunião em Bruxelas serviu para preparar caminho para a cimeira de junho, quando líderes europeus voltam a estar cara a cara com Donald Trump.
Os Estados Unidos insistem que é preciso gastar 5% do PIB em defesa, mas para já a maioria aponta mais para 3 ou 3,5%. Sobram dois meses para um entendimento.