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Putin e Xi Jinping conversam por videochamada

O Kremlin informa que o Presidente russo contactou, esta terça-feira, o homólogo chinês. A reunião entre os líderes, via videochamada, aconteceu um dia após a tomada de posse de Donald Trump.

SERGEI GUNEYEV/Getty Imagens

SIC Notícias

Vladimir Putin, Presidente da Rússia, e Xi Jinping, Presidente chinês, conversaram esta terça-feira à distância e abordaram temas como os acordos bilaterais entre as duas nações, que mantém uma relação bastante estreita, e o papel dos dois países em variadas questões internacionais.

Os líderes de duas das nações mais poderosas do globo reuniram, esta terça-feira, para delinearem “novos planos para o desenvolvimento da parceria abrangente russo-chinesa e da cooperação estratégica”, escreve a Reuters.

Num vídeo do momento, partilhado pelo Kremlin, é possível ouvir Putin dizer ao homólogo chinês que "a cooperação entre Moscovo e Pequim se baseia numa ampla comunhão de interesses nacionais e numa convergência de pontos de vista sobre o que devem ser as relações entre as grandes potências.”

“Construímos os nossos laços com base na amizade, na confiança e apoio mútuos, na igualdade e no benefício mútuo. Estas ligações são autosuficientes, independentes de fatores políticos internos e da atual situação mundial”, reforçou o líder russo, citado pela Reuters.

O chefe de Estado da Rússia disse também ao parceiro estratégico que o ano de 2024 foi bastante "frutífero" para ambos os países, algo que pretendem que se repita em 2025.

Numa altura em que a Rússia se tem afastado cada vez mais do Ocidente, devido ao conflito na Ucrânia, Pequim tem-se revelado um cada vez mais forte e importante aliado do Kremlin.

Para Estados Unidos da América a China é, neste momento, o principal concorrente no campo ecómico, enquanto a Rússia figura como a maior ameaça.

Acordo de paz na Ucrânia?

O novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou pela primeira vez Vladimir Putin para encontrar um acordo de paz com a Ucrânia, sob pena de a Rússia correr o risco de ser destruída.

Antes, ao felicitar o 47º Presidente dos Estados Unidos, o líder russo também prometeu procurar uma "paz duradoura" com Kiev.

O magnata republicano, reeleito em 05 de novembro, e empossado esta segunda-feira, afirmou várias vezes que está a preparar uma cimeira com Vladimir Putin para "pôr fim" ao conflito, desencadeado pela invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Ao regressar à Sala Oval para assinar uma série de ordens executivas, Donald Trump reafirmou que "tinha de falar com o Presidente Putin (...), que ficará muito feliz por pôr fim a esta guerra".

Pela primeira vez, no entanto, Trump pressionou claramente Putin a encontrar uma solução para a guerra, ao considerar que a Rússia estará a caminhar para o desastre se se recusar a negociar e a selar um cessar-fogo ou um acordo de paz com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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