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Com o novo Presidente quase a tomar posse, Moçambique continua mergulhado no caos

Nas eleições gerais de 9 de outubro, os moçambicanos votaram para eleger a Assembleia da República, assembleias e governadores provinciais e Presidente da República. Esse processo eleitoral foi criticado por observadores internacionais, que apontaram várias irregularidades, e gerou violência e protestos nas ruas.

Catarina Neves

Rafael Homem

Portugal vai estar representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros na cerimónia de posse do novo presidente de Moçambique, na próxima quarta-feira. Esta segunda-feira foi o dia da investidura dos deputados na Assembleia moçambicana, uma sessão acompanhada pela enviada especial da SIC, Catarina Neves.

O país continua mergulhado no caos, depois de vários partidos questionarem a validade dos resultados. O ainda presidente de Moçambique discursou na investidura de alguns dos deputados novo parlamento, dos 250 eleitos compareceram os 171 da Frelimo e 39 do Podemos.

Aparentemente, quatro deputados do Podemos, obedeceram a Mondlane e não compareceram, no que pode ser entendido como uma divisão dentro do agora segundo partido mais representado.

No parlamento, como nas ruas, a divisão e o caos continuam a ameaçar o país. Regressado na passada quinta-feira, Venâncio Mondlane tinha apelado a uma paralisação de três dias a partir desta segunda feira com manifestações pacíficas e contestação ao processo eleitoral.

A cerca de dois quilómetros do parlamento, a avenida Acordos de Lusaka foi tomada por pneus em chamas, enquanto a polícia tentava, sem sucesso, desmobilizar os manifestantes.

Quase 300 mortos nos protestos

Desde outubro, os confrontos com a policia já provocaram quase 300 mortos e mais de 600 feridos a tiro.

A tomada de posse de Daniel Chapo, da Frelimo, como presidente de Moçambique está marcada para esta quarta-feira, com a presença de mais de 2 500 convidados de todo o mudo.

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